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Matèrias publicadas

A DIFÍCIL TAREFA DE CONVIVER CONSIGO MESMA:

 

 

Qual o parâmetro que usamos para nos analisar? O que somos ou não somos é sempre a partir do outro. Quanto de nós está no outro, quanto de reflexo do outro está em nós? Quanto de nós é delegado para que o outro controle? Lamentávelmente, muitas vezes, delegamos tudo. Colocamos toda responsabilidade de decisão para o outro, situação cômoda é não ter compromisso com as consequências, total alienação, é o divórcio de si mesmo.

 

Vivemos em um mundo de transferência e acusação, transferimos nossas culpas e razões para o outro, com isso minimizamos nossa responsabilidade e nos vitimizamos, torna-se cômodo nossa autoconvivência “não tenho sorte na vida” autopiedade. Mas a que nos remete essa situação, senão ao amadurecimento emocional.

 

Características do amadurecimento emocional, como: autoconhecimento, maturidade, coerência, superação, luta, culpas, resistência, alegria, liberdade etc. estão ligadas à idade, os mais velhos carregam hábitos e preconceitos arraigados, os mais jovens pouca ou nenhuma experiência, os do meio, não são tão sábios como gostariam, muitas vezes vivem uma adolescência retardada ou uma velhice antecipada, portanto, emocionalmente dúbios.

 

Situações extremas refletem derrota, esbarram em nossos investimentos na vida, por isso nos são tão dolorosos, mas, o quanto somos flexíveis ou resilientes? Quanto de medo (identificado) somos capazes de suportar, medos reais ou imaginários, medos do passado ou do futuro, medos que nos faz fugir á responsabilidade de viver a vida real.

 

Conviver consigo mesmo impõem o paradoxo do espelho, pois contrastamos o eu real com o eu ideal, quanto disfarce se usa socialmente, quanta dor se suporta ao perceber, que o real é pior que o ideal, isso remete a lugar algum, a coisa alguma, é o vazio, não aceito o que sou, pois tenho um eu ideal, que me traz satisfação e realização, portanto, não sou, não existo, não estou em lugar algum, não assumo ser o real, delego a condução da vida, torno-me vítima do acaso.

 

A psicologia em muito pode ajudar, confie seu conflito a um profissional, por certo não assumirá sua vida, mas facilitará o entendimento do: Quem sou? Para que vivo? Para que morro? O quanto estou para a vida e o quanto a vida esta para mim?

                                          Armando Bueno de Camargo.

                                                        Psicólogo.

 

 

Postado por armandocamargo-psicologo@hotamil.com 

.A PSICOLOGIA CUIDANDO DA ALMA

 

Mas afinal o que busca a ciência da psicologia em relação ao ser humano, senão, apaziguar, ajudar a lidar com os problemas e crises como um valioso processo de autoconhecimento e conhecimento do mundo em que vive, melhorar sua relação e melhor entender  o próximo.A psicoterapia é um processo em que permite olhar o passado, o presente, e o futuro, de maneira crítica. E mergulhar no túnel do passado, não é nada fácil, rever erros e acertos, mexer em feridas não cicatrizadas é extremamente doloroso, e nem sempre se está preparado para essa hercúlea tarefa.Mas, advertidamente, como procurar o ramo da psicoterapia que mais se adapta às necessidades e seja mais eficaz.Os problemas mais comuns que surgem no consultório tratam de: autoestima, sexual, incompatibilidade, incompreensão do mundo, problemas familiares etc. e surgem inúmeras escolas psicológicas que propõem ajudar seus pacientes, entre elas:A psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939) propõe utilização de um divã, para que não haja qualquer possibilidade de constrangimento em se falar de assuntos tão pessoais. Trabalha essencialmente com o consciente, subconsciente e o inconsciente, crê na liberdade (livre) expressão durante o tratamento.Terapia junguiana do Carl Gustv Jung (1875-1961), que propõe a psicologia analítica e o inconsciente coletivo, ou seja, todos agem e sentem de acordo com os arquétipos comuns.  Arquétipo significa a forma pelas quais os fenômenos psíquicos se amoldam no psiquismo humano, através de um modelo (matriz) inato que passa de geração a geração.Terapia Lacaniana do francês Jacques Lacan (1901-1981) que procura fazer uma interação com seu paciente, a ponto de não importar o que ele diz, mas como diz, o que sente (reage) ao dizer. Busca investigativamente o ato falho e frases soltas ou inacabadas, pois, ai pode habitar o principal do pensamento e emoções.Terapia Reichiana do austríaco Wilhelm Reich (1897-1957) que propõe a inseparabilidade do corpo e a mente, ou seja, todas as repressões, angústias sofridas refletem diretamente no psiquismo e no físico. O efeito dessa repressão cria couraças caracterológica, como força defensiva, ou como também quer Freud “ mecanismo de defesa do Ego”, que se transforma em processo neurótico, e que durante a terapia são desvendadas e retiradas.Terapia cognitivo-comportamental, originalmente baseado em Ivan Pavlov, baseia-se na aprendizagem cognitiva social, entende que o comportamento é resultado das emoções, do pensamento, da sensação física que reflete o comportamento por consequência, pois este é o fenômeno dinâmico em constante construção (condicionamento), e que poderá ser modificado e alterado, pois, a base é o que o paciente pensa de si mesmo e o presente.Terapia breve é um processo dinâmico que elege um problema do paciente a ser resolvido, portanto é uma terapia focada, é empregada no aqui e agora, sem considerar passado ou futuro. Tem duração mais breve que outros processos, no entanto, se abstém de qualquer outro problema que venha surgir durante o processo.Qualquer que seja a escola escolhida vai haver sempre como eixo central o bem estar do paciente, sua inteiração e sua relação consigo mesmo e com o mundo, permitir que seja mais feliz, mais completo e mais harmônico. Se esforçará para que o paciente consiga limpar a “fábrica” cerebral de doenças e reações anômalas ao bom senso da vida.

 

 COMO É DIFICIL O DIZER “NÃO”.

 

Uma pergunta constante em nossas mentes é: porque eu não consegui dizer não???

 

Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer sim, mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos.

 

Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser "bonzinhos", aos olhos dos outros.

 

É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem,  insiste em dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como,  tem os seus próprios.

 

Se racionalizasse haveria a pergunta: o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não?; mais que isso, é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não, pode acarretar dificuldades, não dizer poderia trazer consequências maiores?

 

Normalmente se é mais exigente com familiares do que no social, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando limites, e indiretamente impondo-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é uma forma de educar os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes, que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.

Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.

 

Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma mais conveniente.

 

 

Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar algo, o que impõem desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta deve-se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderarmos e escolhemos a melhor resposta

 

 

Postado por armandocamargo-psicologo@hotamil.com

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